segunda-feira, 9 de junho de 2008

Razão

A razão de ser de um homem não se sobrepõe ao seu sentimento. Um homem dominado pela paixão perde, em si, todas as razões, por mais que elas sejam duras e fortes e que falem a uma altura convincentemente precisa. Ela reverencia o sentimentalismo... dá lugar a ele vez por vez... perde a voz. Razão que se preza se humilha ao doloroso ato de bem-querer. Razão de verdade perde o foco, torna-se discurso impreciso, vago, infantil, até quando, pelos caprichos que a vida lhe indica, segue rente ao amor. Por fim, o que se busca numa vida dividida não é a racionalização do amor nem o abandono dele pela razão... a questão é que, quando se ama de verdade, quem deve sair perdendo é a razão, posto que o sentimento verdadeiro não racionaliza... apenas vive.

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