segunda-feira, 9 de junho de 2008

Casulo

Iniciei meu processo de encasulamento...

Quero virar borboleta,

Me livrar da fobia de solidão.

A partir de agora quero que ela seja minha única amiga, minha melhor aliada.

É estranho pensar que para acostumar-se com a solidão alguém precise de liberdade,

Mas é que essa liberdade pós-confinamento é prova de auto-dependência...

E de independência das interdependências.

Estar só deve ser bom,

Gostar de estar só deve ser necessário,

Deve ser útil, talvez...

Só sei que essa experiência também causa-me fobia;

É terra estranha, onde meus pés nunca pisaram... ainda são sensíveis ao toque do terreno novo.

Mas não há nada que não se possa fazer, ou, pelo menos, experimentar...

Experiências sempre trazem maturidade e a gente só aprende quando faz, ou testa.

Se não aprova, joga fora, não repete...

Se é plausível, muito bem, dá-se seqüência até o momento em que se vê necessária outra mudança.

O que não se pode é ficar estagnado.

Mas eu quero sentir o que me disseram,

Eu pretendo criar a coragem para ter coragem...

E vou fazer,

Não sei quando,

Nem onde,

Nem com quem...

Talvez nem todos mereçam,

Ou talvez nem todos me mereçam,

Mas sei também que eu não mereço qualquer um.

Por isso a mudança.

Quero selecionar minha vida,

Mesclar companhias,

Excluir outras...

Sei que só ficarão os que merecem...

E se ninguém ficar, eu sofrerei, passarei pela tortura inexplicável de um novo nascimento... e viverei só,

Completamente,

Continuamente,

Como uma borboleta que saiu do casulo para a liberdade interior, onde todos são apenas um, chamado eu.

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