sábado, 28 de junho de 2008
De novo?
sábado, 14 de junho de 2008
Tristeza? Faltam Amigos
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Casulo
Quero virar borboleta,
Me livrar da fobia de solidão.
A partir de agora quero que ela seja minha única amiga, minha melhor aliada.
É estranho pensar que para acostumar-se com a solidão alguém precise de liberdade,
Mas é que essa liberdade pós-confinamento é prova de auto-dependência...
E de independência das interdependências.
Estar só deve ser bom,
Gostar de estar só deve ser necessário,
Deve ser útil, talvez...
Só sei que essa experiência também causa-me fobia;
É terra estranha, onde meus pés nunca pisaram... ainda são sensíveis ao toque do terreno novo.
Mas não há nada que não se possa fazer, ou, pelo menos, experimentar...
Experiências sempre trazem maturidade e a gente só aprende quando faz, ou testa.
Se não aprova, joga fora, não repete...
Se é plausível, muito bem, dá-se seqüência até o momento em que se vê necessária outra mudança.
O que não se pode é ficar estagnado.
Mas eu quero sentir o que me disseram,
Eu pretendo criar a coragem para ter coragem...
E vou fazer,
Não sei quando,
Nem onde,
Nem com quem...
Talvez nem todos mereçam,
Ou talvez nem todos me mereçam,
Mas sei também que eu não mereço qualquer um.
Por isso a mudança.
Quero selecionar minha vida,
Mesclar companhias,
Excluir outras...
Sei que só ficarão os que merecem...
E se ninguém ficar, eu sofrerei, passarei pela tortura inexplicável de um novo nascimento... e viverei só,
Completamente,
Continuamente,
Como uma borboleta que saiu do casulo para a liberdade interior, onde todos são apenas um, chamado “eu”.
Dia comum
Dia de chuva
Dia de calor
Dia de ansiedade
Coisas importantes acontecem em dias comuns
Dias comuns geralmente acontecem assim,
Entrecortados de detalhes
Que desapercebidamente transfiguram o trivial e o fazem eminente.
Mas detalhe só é visto pela sensibilidade.
E foi assim,
Depois da chuva,
Do calor,
Da ansiedade,
Que na perspicácia de alguém
Um encontro aconteceu.
Dias importantes só são reais
Quando se percebe o detalhe do comum
O olhar
O toque
A reciprocidade de emoções
Que se conhecem num segundo
No segundo comum
Do dia comum
Mais que especial...
Eu desejo
Eu desejo que os dias passem voando rapidamente, e que cada um deles seja como um segundo. Assim, simplesmente ao piscar os olhos várias vezes, vários dias já haverão passado. Ao dormir algumas horas, anos serão como passado. Aí, a vida acabaria num dia.
...eu era!
Preciso saber que a tua passagem não valeu a pena...
Como, se minha mente se recusa a esquecer?...
É como se eu quisesse me desprender do meu próprio corpo
porque tu e eu já éramos quase um.
Ah, vida besta! Só mostra a realidade depois de ter nos deixado sentir o prazer...
Agora eu peno a solidão,
vago um rumo que não queria
só porque a água que me iludiu
flui outros rios.
Queria ter de volta o amor que amei, não esse de agora
Ou então
Vou me repartir
Ceder lugar ao vão
Porque eu, já não sou mais... eu era!
Razão
...2
Eu queria ser perfeito, mas não me cabe dentro do ser a perfeição, por ser tão completa. Cabe-me, portanto, a condição humana, comum a todos, cheia de brechas e defeitos.